A NOSSA HISTÓRIA

 Para se perceber quem somos, atualmente, é necessário retroceder alguns anos atrás, e perceber como nasceu a Tribo da Praia. A sua origem tem uma história muito engraçada, com algumas aventuras pelo meio.

  Ora leiam: Dona Maria de Jesus, proprietária de uma pequena mercearia, e Eduardo Nunes, guarda prisional e fotógrafo nas horas vagas, tinham 2 filhos pequenos. Um dia, Eduardo teve a ideia de adquirir uma máquina de fazer gelados, sem consultar a opinião da esposa (o que quase lhe custou o casamento). Reuniu cerca de 80 contos (400€), todo o dinheiro que a esposa tinha juntado, fruto do seu trabalho na mercearia, e adquiriu o equipamento. Preocupado e sem ideia de como recuperar o investimento realizado, começou a construir um carrinho em fibra para vender gelados artesanais em feiras e festas locais. Mas não era o suficiente para sustentar a sua família.

 Eduardo pensou, então, em pedir uma licença com o intuito de colocar um quiosque na praia do Baleal, onde poderia vender os seus gelados, mas esta sempre foi lhe negada, dado que na altura a zona esta ocupada em exclusivo por outro concessionário. Contudo, a necessidade era tanta que Eduardo nunca desistiu de tentar e, todos os dias, durante quase um ano, pediu ao capitão do porto uma licença. Essa constante resiliência teve finalmente retorno, pois o capitão (cansado de o ver ali diariamente), disse finalmente que poderia montar o seu quiosque, mas que teria de ser na Consolação.

 Eduardo mostrou-se grato pela oportunidade e aproveitou. Contudo, as vendas eram muito fracas naquele local, pelo que voltou ao capitão para, mais uma vez, lhe pedir uma licença para a zona do Baleal.
Conseguiu, finalmente, convencer o capitão, mas o mesmo disse que seria somente por um ano. Passado esse ano, entrou um novo capitão, que felizmente lhe foi sempre renovando as licenças, tanto na Consolação, como no Baleal. O sucesso dos seus gelados artesanais era tão grande, que se faziam filas para os comprar. Após algumas peripécias, mas sempre mantendo a popularidade dos seus gelados, Eduardo e Maria de Jesus foram obrigados a fazer um bar em madeira e a ter nadadores salvadores. Em vez de desistirem, tal era o investimento necessário, aproveitaram oportunidade. Nasce então o “Bar Água-Doce”.

  O Bar Água-Doce passaria a denominar-se Bar da Praia em 1997. Nessa altura era um apoio de praia simples, que funcionava apenas durante a época balnear. Serviam-se gelados, cafés, sandes e bolos. Com o passar do tempo, e atendendo à procura, o Bar da Praia foi-se adaptando às necessidades dos clientes, sendo que estes contribuíram muito para a definição do conceito. Era um bar frequentado principalmente por amigos que ali se juntavam quando vinham praticar surf. Era um bar informal, descontraído e familiar, onde por vezes, os próprios clientes se serviam e mais tarde ajudavam no serviço às mesas e na copa. De inverno, e apesar da chuva e do frio, o Bar da Praia passou a ser cada vez mais procurado.

  Após algumas alterações na estrutura, que permitiram aumentar a área de esplanada e protegê-la do frio e chuva, o Bar passou a ter uma nova dinâmica, nomeadamente através de festas organizadas com os clientes habituais. A abertura à noite aconteceu a partir de uma festa com a presença de um DJ, que fez esgotar todo o stock de bebidas, tal foi a afluência de gente. A partir daí nunca mais parou de crescer até ao conceito atual.

 Em 2008 o bar sofre uma restruturação, fruto de exigências do Governo. Já em 2011 surge a necessidade de evolução com novos serviços e um novo conceito na área do turismo. Foi criada uma escola de surf, um Eco-Hostel no centro da localidade e também uma horta biológica com os princípios da permacultura. Surge, assim, o conceito de “Tribo da Praia” com o objetivo de ser uma marca que representasse todas as suas submarcas com uma visão mais holística, de modo a abranger as diversas áreas em algo mais integral.

  A Tribo da Praia assume, desde então, a posição de uma empresa diferenciada e focada na sustentabilidade ambiental, social e económica, fortalecendo o espírito da entreajuda, coesão e partilha de conhecimentos e experiências, com o objetivo de contribuir para um mundo melhor, mais justo e inclusivo.